quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

DN*

8 dias, 192 horas, 11520 segundos para acabar 2011, passou depressa.
Tento lembrar-me de tudo o que fiz este ano, a memoria baralha-se, as lembranças desfazem-se, a tristeza aumenta. Simplesmente não fiz nada de que me orgulha.se este ano. 2012 não vai ser diferente eu é que vou*

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Lê, reflecte, age*

Enquanto tu achas que a tua vida é um drama porque não tens o telemóvel que querias, não sais de casa sempre que queres, não podes sair a noite, não podes sair com os teus amigos quando te apetece; enquanto tu achas que a tua vida é um drama porque tens obrigações e responsabilidades; estás a perder as coisas boas.
Enquanto te fazes de vítima todos os dias para que tenham pena de ti. Há pessoas que desajam não ter motivos para terem pena delas. Há familias a morrer à fome, soldados a morrer em guerras estupidas! Simplesmente estupidas! Há pessoas a sofrer de doenças GRAVES. Há pessoas que têm razões para se sentiram infelizes; há pessoas que gostariam de adormecer e não acordar nunca mais.
Por isso da próxima vez que te quiseres fazer de vímita, pensa bem.

Esta imagém é só um dos milhões de exemplos que existem no mundo.

Be strong Christian like your father was*

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Qualquer rapariga:

Já mentiu á mãe, ja mentiu ao professor, ja tomou banho na chuva, ja riu quando não podia rir, ja chorou até dormir, ja molhou a casa inteira porque se esqueceu de pegar na toalha, ja riu de piadas super idiotas, ja se apaixonou, ja sofreu em silencio, ja perdeu uma amizade importante, ja chorou por alguem que a fez sofrer, já se arrependeu de ter cortado o cabelo, já partiu uma unha, já comeu chocolates ou gelados para matar a tristeza, já se apaixonou pela pessoa errada, já discutio com o melhor amigo, já se atrasou, já ficou zangada sem motivo, já chorou de tanto rir, já duvidou de alguém, já pensou em disparates, já teve pesadelos, já ficou 1h ao telefone.

Todas as raparigas tem um boneco de peluche, acreditam na amizade entre meninos e meninas, tem um ídolo, um livro preferido, uma mania irritante, um vício e uma paixão platônica. Toda a rapariga já correu riscos por uma pessoa que não mereceu. Toda a rapariga já se arrependeu e já errou. Mas cada uma é especial, por fazer muito mais que isso.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Music is drug ♥





Algumas pessoas usam as drogas para fugir à realidade, eu simplesmente coloco os phones nos ouvidos e aumento o volume.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Cada um de nós no meio de tudo isto*

Olá!
O meu nome é Sofia.
Tenho 23 anos.
Tenho uma irmã, a Alice.
Tenho uma gato, aliás uma gata.
Tenho dois pais que me amam.
E tenho tuberculose.
Estou a escrever porque aqui no hospital não se faz nada; estou num quartinho com duas senhoras mais velhas.
Uma tem 57 anos e teve um acidente de carro, a outra tem 65 anos e tem Alzheimer. O marido dela vem cá todos os dias e apesar de ter 67 anos é um senhor muito simpático e inteligente, teve na guerra e viajou por quase todo o Mundo depois de sair de lá, fala três línguas diferentes e ama a dona Maria (é o nome da senhora com Alzheimer) como ninguém.
Todos os dias lhe trás uma flor (uma rosa vermelha) e lhe conta histórias lindas que ambos tiveram juntos e que ela já não se lembra, e todos dias ela lhe pergunta: Quem é o senhor? E ele deixa uma lágrima cair e todos os dias lhe responde: Um amigo.
No dia que se conheceram a dona Maria tinha um ramo de rosas vermelhas e estava tão linda que parecia que irradiava um brilho como o de um anjo, contou-me ele a sorrir.
A outra senhora passa os dias a queixar-se das dores, por  isso estou com os phones enfiados nos ouvidos e a escrever.
Tenho saudades sabes?
Saudades das noitadas com o meu pessoal, saudades tuas, saudades dos pais, saudades dos cozinhados da mãe, saudades da Miau, saudades de dançar, saudades de tocar saxofone (aqui não posso, nem tenho forças), tenho saudades de ver TV, de ir ao cinema, de ouvir as tuas parvoíces; vê lá como eu ando que até da escola tenho saudades!

Mas assim de tudo, tenho saudades de viver em vez de sobreviver…
Sorrio sempre que tenho visitas, como tu e os pais mas por dentro… Estou despedaçada.
Quando tinha os meus 13 anos (olha! A tua idade) passava o tempo a pensar a sonhar.
Ia casar, ia ter um casamento de sonho! Ia ter três filhos! Uma casa azul, mas não aquele azul-bebé vulgar, era um azul só meu.
Ia ser muito muito feliz!
Mas a doença não fazia mesmo parte dos planos, acontece.
O mais irónico é que eu passava a vida a sonhar e agora que preciso mesmo de sonhar a realidade está sempre presente.
Enfim.. Sabes, quando eu tinha a tua idade era complicado, tentava ser original mas o Mundo é feito de fotocópias e eu sofria com isso.
Mas apercebi-me que estava a ser um mesma e isso valia por muito, encontrei pessoas que gostavam de mim pelo que eu era mesmo, pela minha originalidade.
Apercebi-me que estás a passar pelo mesmo; mudas-te o estilo, os amigos, as manias, a maneira de falar, mudas-te quem és e agora és igual a essas miúdas que eu vejo ai. Não gosto disso mas tu é que sabes, gostava que tivesses partilhado mais comigo mas acho normal que tivesses preferido falar com os teus amigos ´+e natural.
Mas prontos, apenas quis partilhar algumas coisas contigo. Agora estou em fase terminal.
Os médicos deram-me uma semana de vida.
Mas olha, não fiques triste, sempre que precisares de desabafar comigo, desabafa com a mãe, aprendi tudo com ela, e olha que ela sabe bem o que diz, sabe sempre.
Como não acredito em Deus, não vou dizer que vou para um sitio melhor porque não sei para onde vou.
Mas uma coisa eu sei, eu amo-te, muito mesmo e aos pais também.
Nunca te esqueças.

Com amor para a Alice,
Sofia

domingo, 9 de outubro de 2011

Diário*

- Hoje tive uma enorme discussão com a Leonor, deixámos de falar. O mais ridículo é que nem me lembro o inicio da discussão. Mas eu tinha razão porque se não tivesse não discutia com ela daquela maneira. (...) Já nos conhecemos desde os tempos da Universidade, mas sou demasiado orgulhosa para ser eu a falar primeiro(...)

5 de Maio de 2011



-Hoje foi o funeral da Leonor.
Foi horrível, a sensação de vazio dentro de mim aumentou assim que vi o caixão...
Como é que chegámos a isto?..
Éramos as melhor amigas e depois daquela discussão nunca mais falámos, nem soube que ela estava doente.. É horrível, nem tive tempo de me despedir dela enquanto ainda estava viva, não tive tempo de lhe agradecer por tudo o que fez por mim, nem das vezes que me pôs um sorriso na cara quando as lágrimas eram mais que muitas, não tive tempo de lhe agradecer por tudo. Agora simplesmente é tarde, os remorsos são muitos, a tristeza ainda mais. Só espero que ela tenha tido a noção do quanto eu a amava apesar de tudo. A sensação é demasiado má. Não consigo deixar de pensar no facto de não a ter ido visitar, nem lhe ter dito o quando gostava dela, não queria que ela morre-se mas que ao menos que estivéssemos bem quando isso acontece-se...
Não sou senhora do tempo, nem do destino nunca fui, mas e capaz de ser das piores dores que alguém pode sentir.
Não voltarei a deixar nada por dizer.
Vou parar de escrever dói-me o corpo, e aquele músculo forte que nos mantém vivos perdeu alguma da força.

Leonor, onde quer que estejas, nunca te esqueças que levas-te a tua metade contigo.

7 de Julho de 2011